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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

De volta ao presente

A moda, não de agora, mas a que surgiu há algum tempo e ainda permanece, é ser retrô. Ou vintage. (E, sim, há uma diferença que não vem ao caso entre os termos.) O fato é que está na moda fazer referência ao antigo. O próprio estilo  hipster, que vive seu auge desta época, utiliza esse recurso e os mais descolados acham super cool. Mas, vai colocar uma roupa que era moda no verão passado... "Que roupa ridícula!"; "ele ainda usa isso?" serão  os comentários a seu respeito no dia seguinte. Ou na sua presença mesmo, pelos celulares. Fora os olhares de desprezo.

Flash back, tudo bem. A geração mais jovem já vai a festas anos 90. Digo "mais jovem" porque os que têm menos de 20 anos ainda não tiveram um passado musical com histórico suficiente para preencher a playlist da discoteca. Ou do baile, dependendo da geração a que seu estilo faça referência. Mas veja o que acontece se o DJ da rádio tocar aquela música do ano passado. "Nossa, que música velha!", as pessoas dizem em repúdio, trocando de estação.

A música que você dançava loucamente ano passado tornou-se ruim alguns meses depois? Como foi esse veloz processo de perda de qualidade? Nada contra metamorfoses ambulantes, mas rejeitar dizendo que é ruim  não seria depor contra si mesmo? A roupa que você usou na estação anterior ficou feia de repente? Mas aquela anos 70 continua fazendo sucesso, né? Ou melhor, voltou a fazer sucesso. Por quê? Saudosismo à la Meia-noite em Paris? Por que o ano passado também não tem o privilégio de ser adorado hoje? Por que ele só será adorado daqui a 20 anos?

Bem, como perceberam, ainda não consegui acompanhar a lógica do velho-ruim X velho-novo-bom. Prefiro não me privar do que gostei ano passado, se ainda me agradar, sem esperá-lo voltar à moda. E mesmo se o velho tiver virado novo outra vez, prefiro não datar e usar apenas, se gostar.

E essa lógica, deu pra acompanhar?